terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Lua de Sangue - A Decisão


Lua de Sangue – A Decisão

Escrito por: Harinara Carolina
Revisto e Editado por: Victório Anthony
– Escolha? Não tenho tempo para crianças indecisas! – disse Luca com voz severa, sem desviar o olhar de mim.
As imagens que passaram na minha cabeça, contando o passado dos dois, me deixaram com mais dúvidas ainda. Quem eu escolho? Se escolher Luca, essa tal Sofia pode aparecer e me matar por ciúmes. Se escolher Draco, tenho medo de me apaixonar por ele, e acabar sendo tratada como as outras. Fiquei em meus pensamentos até ser novamente interrompida:
– Luna, já fez sua escolha? – Draco falou com um jeito delicado e calmo
– Sim, porém, minha escolha não será definitiva.  Será apenas por pouco tempo, quero encontrar um rumo para esta nova vida e a única pessoa que tenho certeza que irá me deixar ir, é você Draco...
Luca saiu da mansão bufando de raiva, nem sequer se despedira de mim. Não que devesse se despedir, mas poderia pelo menos entender minha decisão. Draco tinha um sorriso de vitória em seus lábios, me assustando um pouco:
– Luna... – ele me chamou e fez uma longa pausa, tentando entender a situação. – Você irá ficar por quanto tempo?
– Não sei ao certo... Creio que somente até eu me estabelecer como vampira.
Ele ficou pensativo, saiu da sala e foi para o escritório. Não o segui, subi as escadas e me dirigi para o quarto em que estava instalada. Abri a porta e senti alguém vendando meus olhos:
– Draco, é você ? – estava confusa, sentia seu cheiro, porém havia algo diferente nele.
– ... – eu conseguia escutar a respiração ofegante.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sem Título


            Suas asas se abriram alto no céu com as nuvens se afastando perante sua força enérgica e incontrolável. Finalmente a transformação completa! Os cinco elementos reunidos e fundidos pelo fogo ao seu corpo etéreo, que se tornava cada vez mais denso e gigantesco, um corpo titânico que se erguia a grandes alturas. Sua energia saturada causava pequenas explosões quem terminavam por parecerem estrelas cadentes enfeitando o céu negro e que arrebentavam o chão com grandes crateras. Grande era a devastação que se fazia, os ventos sopravam a milhares de quilômetros por hora e as grandes árvores se quebravam sem resistir. O mundo inteiro parou...

            Num bater de asas, alçou vou para fora do planeta, rumo ao espaço. Deu uma volta ao redor da lua rapidamente e se dirigiu ao infinito, desaparecendo numa rajada brilhante. Talvez fosse a velocidade da luz, pensaram alguns...

            – Para onde ele foi? – perguntou Akai.

            – Provavelmente para o Cemitério dos Dragões, creio eu. Inevitavelmente todo draconiano que ganha poderes estelares vai próximo ao centro da criação para conhecer Tiamat, a mãe de todos os dragões. Ou talvez morr...

            – Ele vai voltar?

            – Não sei, só o tempo dirá...

            – Ele precisa demorar tanto tempo assim?

            – Precisa baixinho, precisa. Caso contrário, seu poder devastador pode desestabilizar a orbita dos planetas.

            –... – o neko pensava em alguma palavra para dizer, mas nenhuma frase coerente se formava.

            Akai olhou para o céu escuro, viu uma pequena estrela brilhar intensamente e se apagar. Uma lágrima rolou em seu rosto, fechou os olhos e pode ouvir uma voz triste falando baixinho, quase sussurrando:

            – Eu não vou voltar...

            O céu daquela noite, apesar da destruição causada por En’hain, continuava o mesmo, insensível a dor daquele homem que perdeu o que tinha de mais precioso: A própria fé.

FIM

...

            Numa folha ao vento, a mesma que En’hain levava consigo quando caminhava perdido pela floresta no meio do mais gélido inverno antes de encontrar o Bar Toca dos Gatos, estava escrito: “O que eu temia aconteceu, perdi tudo. Estou partindo para outro lugar, apagando da memória tudo o que eu havia idealizado. Destruí todos que amei... Não sobrou nada deles. Este é o meu fim... Quem sabe numa próxima encarnação?”

PS: Nunca estive sorrindo de verdade...

...

Devil's Drink 21 - Aquilo que estava previsto...


Devil’s Drink 21 – Aquilo que estava previsto...

 

            En’hain estava no telhado do bar, pensando naquilo que dissera a Gunshin quando ele acordara: “Pai”.
            – Aquele desgraçado! Como ele pode me esconder isso o tempo todo! Eu sabia que tinha alguma coisa errada entre eu e ele, eu senti isso esse tempo todo e ele não me disse! – En’hain chorava compulsivamente. – Depois de tudo, eu era apenas um substituto!
            O sentimento ruim lhe corroia o espírito. Sentindo que tudo estava para acabar, era inevitável que passasse mal, muito mal, tanto que seu lado negro lhe subiu a mente e começou a acometer-lhe alucinações:
            – Você não tem nada... Você é um inútil... Você é descartável! – a imagem de um En’hain sombrio como as trevas falava-lhe no ouvido.
            – Me deixe em paz! Eu não quero falar com você!
            – Você é meu... Eu lhe disse que o amor não existe... Eu lhe disse que a felicidade não existe... Tudo é passageiro... Eu havia lhe dito que você só tinha mais um ano para conseguir encontrar o que procurava... E agora? Encontrou? Não!
            – Cale a boca! Cale a boca! Cale a boca!!! – En’hain gritava. Quem o visse naquele momento o acharia louco por estar falando sozinho.
            – Até o final do ano... Nós já havíamos previsto e prorrogado a data por mais um ano... Agora é a sua vez, coloque fogo em tudo! Termine de uma vez com o nosso suplício... Não deixe sobrar nada! Acabe com os livros, acabe com os sonhos, acabe com o passado... Apague tudo da nossa existência...
            – Cale-se! Eu não quero que diga o que eu já sei!
            – Vamos, depois disso, tudo o que você tem que fazer é viver uma vida que não é sua, um trabalho na qual seu espírito nunca estará presente, viver uma infelicidade infinita e...
            – Não diga! Não diga! Pelo amor de Deus, não diga!
            – ...arranque esse sorriso falso que você mostra todos os dias paras as pessoas fingindo não se importar, quando na verdade você está enlouquecendo a cada momento, perdendo completamente o senso de realidade! – En’hain se movia pra frente e pra trás com as mãos nos ouvidos. Sua sanidade fora completamente embora.
            – Eu só quero que todo mundo esteja bem...
            – Bem pra quê? Seu estúpido, seu babaca, seu completo idiota! Eles não se importam com você! Cada um deles tem problemas para resolver e não podem fazer nada para te ajudar! Você precisa ser milionário para realizar os seus próprios sonhos, você é fraco, miserável, nunca vai conseguir fazer o que queremos! Você nunca vai conseguir dinheiro suficiente para produzir o que queremos...
            – Eu nunca vou conseguir abrir a caixa... – En’hain parou um pouco e se de conta disso, ficando atônito.
            – Nunca! A caixa ficará fechada para sempre! Ela engoliu as suas esperanças e mesmo que você a abra agora, nunca vai encontrar algo lá dentro! Nunca! Nunca vai haver algo lá dentro!!!
            – Eu... Eu... Eu... – a chama de vida do barman sumiu de seus olhos.
            – Sim! Foi você! Não foi mais ninguém que fez isso! Veja! Veja a prova do crime em suas mãos! – En’hain olhou paras as mãos e elas estavam vermelhas, vermelhas de sangue.
            – Eu matei... Eu matei meu pai... Eu matei o dono do bar... EU MATEI GUNSHIN! – a frase terminou com um grito.
            Na parte debaixo do bar, alguns nekos da vila dos gatos estavam se juntando ao ouvir o grande herói da vila falar sozinho e gritar que cometera um crime. Liori, o prefeito da vila, assim que ouviu sobre o que En’hain dissera foi conferir ele mesmo se era verdade. Sem preocupações, pois conhecia a força de Gunshin, o deus da guerra, ele entrou no bar. Ao sair, gritou a todos:
            – Gunshin está morto! Gunshin está morto! – o alvoroço estava dividido entre surpresa e choro. O próprio Liori, o grande leão da vila dos gatos, rugiu em sinal de tristeza, chorando amargamente pela morte do amigo.
            O vovô neko se aproximou de Liori, e começou a falar com a multidão:
            – Onde estão Gurei, Lady Neko, Sasha, Lidi’en ou Nox’en?!
            – O quê? Lady Neko não está com o senhor?! – Liori já estava enraivecido.
            – Ela havia saído a pouco do templo e ainda não encontrei a dona gos... Digo! Os funcionários do bar! – percebendo a gravidade do caso, Liori, com sua voz tremenda, ajudou o vovô a procurar pelos desaparecidos entre os nekos presentes.
            – Onde estão Gurei, Lady Neko, Nox’en e Lidi’en e o cão sarnento?! – definitivamente Liori não simpatizava com este último.
            – Alguém viu qualquer um deles? Por favor, alguém viu algum funcionário do Bar Toca dos Gatos?! – continuou o vovô.
            Os gatos de toda a pequena vila murmuravam entre si sem dar nenhuma resposta. En’hain continuava no telhado, com a personalidade completamente apagada. Sua pele, como era de costume quando estava lutando, se rasgou com os espinhos e as escamas e deu lugar ao prateado metal do corpo etéreo do draconiano:
            – Este é o fim, o fim da Toca dos Gatos... Este bar não mais existirá... – diversas bocas por todo o corpo de En’hain se abriram, mostrando os brancos dentes que traziam consigo as chamas azuis do dragão do céu que habita o interior do barman.
            A transformação não parou como das outras vezes, ela finalmente atingia o último estágio, a forma completa de dragão, com asas enormes e uma grossa cauda que de tão comprida, chegou a tocar o chão. A face de En’hain se deformara mais do que antes, o rosto liso e de poucas feições dava lugar a um semblante medonho, com uma bocarra que trituraria tudo o que caísse ali dentro. O fogo começou, a Toca dos Gatos estava completamente tomada pelas chamas incineradoras do draconiano e aumentavam a cada segundo.
            De volta ao térreo, o Vovô Neko saía de dentro do bar com a triste notícia:
            – Liori, seja forte...
            – Não!!! Ela tem de estar em outro lugar!!! – o leão branco entrou no Bar tomado pelo incêndio.
            – Por favor, escutem com atenção! – o vovô se dirigia ao povo. – Vamos para o templo, pelo menos lá a parede de silêncio poderá nos proteger deste fogo calcinante!
            As chamas estavam altas e já tomavam as árvores que estavam ao redor do bar. Os nekos corriam como podiam para se salvar, se atropelando para chegar ao templo dos gatos com algum pertence que julgavam importante. A cena era como se o lugar tivesse sido bombardeado por aviões na segunda guerra mundial.
            A casa, consumida pelas chamas, não pode mais sustentar suas estruturas e ruiu totalmente. Liori não saiu a tempo...
            En’hain murmurava algumas palavras, mesmo naquele estado inconsciente:
– Por que as coisas não foram diferentes? Por que tudo aquilo que era importante pra mim morreu em minhas mãos? Por que eu nunca consegui fazer aquilo? Por que eu nunca fui amado?! POR QUÊ?!!! – seu grito ecoava por toda a floresta do silêncio.
...

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Um Presente Para Morticia


Um Presente Para Morticia

 

            25 de Dezembro, Natal. As famílias do mundo todo se encontram felizes por este momento tão fraterno, ao menos, aquelas que podem...

            Enviei uma carta à Morticia onde dizia: “Já pode vir receber o seu pagamento pelo chip que me fora tão útil. Para iniciar o teu cortejo, este dia será especial para ti, querida vampira, o sol ficará negro e caminharás durante o dia! Tudo feito especialmente para ti.” Junto à carta, indiquei o local do encontro e a hora, o mesmo onde eu e Cris morávamos em São Paulo.

Lua de Sangue - Luca


Lua de Sangue – Luca
Escrito por: Harinara Carolina
Revisto e editado por: Victório Anthony

           “Meu nome é Luca de Castro, sou um vampiro que adora ser desafiado, o submundo me fascina com seus poderes das trevas. Vamos nos aventurar no meu passado sombrio? Venha ser desafiado pela minha mente!”

Lua de Sangue - O Assassino Daroko


Lua de Sangue – O Assassino Daroko
Escrito por: Victório Anthony

            Uma criança, humana, oriental, nascida de parto normal. Vendida por cerca de dez mil dólares a um clã de assassinos. Uma infância difícil, treinamento árduo, nenhum sonho infantil prevalecido. Aos quinzes já estava pronto para o seu primeiro assassinato. Sem nenhum sentimento humano, matou a própria família, não por ódio, não por vingança, não por justiça. Mas porque obedecia a ordens, nada mais.
            Aos vintes anos, com diversos estratagemas aplicados com perfeição, Daroko era o assassino de aluguel mais bem sucedido de seu clã. Apesar da eficiência, ele era mantido longe do mundo, não conhecia afeto, não era pago, não recebia elogios de seu trabalho. Se houvesse um erro, deveria cometer suicídio. Não poderia cometer erros, jamais!

Lua de Sangue - Draco, 2ª parte


Lua de Sangue – Draco, 2ª parte
Escrito por: Victório Anthony

            – Tenha uma ótima noite, milady. – me despedi dela e ajeitei minha roupa, a transa dentro daquela limusine havia sido muito quente, mal tive tempo de colocar as calças.
            A noite estava ótima, com o estacionamento completamente deserto, caminhei pelos corredores. Um carro parecia estar me seguindo. Olhei atentamente para dentro do vidro escuro, não havia ninguém dentro.
            – Lady Lancaster deve ter sido seguida... – Lancaster é a família de vampiros que me acolheu nesta cidade, presto serviços valiosos a ela.
            Pulei em cima do carro, não havia ninguém perto. Fui atrás dela, procurar saber se estava tudo bem. Algum tempo depois estava na casa dela e toquei a campainha. O interfone tocou:
            – Casa dos Lancaster, em que posso ajudá-lo?
            – Sou eu, Lady Lancaster está?
            – Ela ainda não chegou, deseja deixar recado?
            – Só mais uma pergunta, aquele humano oriental, ainda está com ela?
            – O guarda-costas de Lady Lancaster nunca a deixa sozinha... – o interfone desligou.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Novos spoilers divulgados!

 Novamente os escritores de Crônicas dos Senhores de Castelo divulgaram novos spoilers (demorei um pouco para colocar aqui, mas finalmente consegui).
 Já saiu um possível nome para o terceiro livro que promete ser o mais emocionate de todos! (sou suspeito pra falar, tem um personagem lá que é a minha cara...)
 Confiram as imagens abaixo e sigam os autores no twitter!

Hell's Drink


Hell’s Drink

 

            São Paulo, chuva forte, 21 horas, restaurante Luna di Capri. Os clientes estão jantando calmamente, aproveitando o clima triste e nostálgico. Uma ventania forte abre as portas, assustando a todos. Os garçons e os seguranças tentam forçar o fechamento da porta, o vento continuava forte, até mesmo para aquela quantidade de pessoas. Quando finalmente conseguiram fechar a porta, a ventania e a chuva cessaram subitamente. Um dos clientes apalpa os bolsos depois de perceber que algo havia lhe sumido...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Crônicas dos Senhores de Castelo: Fanzine - O Filho do Fim - Índice

Depois de meses reeditando este post, finalmente ele está terminado! \o/
Espero que tenham gostado e confiram os outros textos! ^^
Aviso... Não são apenas textos fantásticos... Conteúdo não indicado para crianças...
Se gostou de alguma história e não quer perder as outras, é só conferir este índice, ok?
Comentem, adoro ver os comentários!